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sexta-feira, 31 de março de 2017

Um paraíso chamado Porquerolles


Desde antes de vir morar na França eu tinha ouvido falar da ilha de Porquerolles e visto algumas fotos de lá e elegi como um dos lugares mais lindos do mundo e que eu precisava conhecer! Quando surgiu essa oportunidade de vir passar um tempo na França, coloquei a cidade como um dos principais locais que queria visitar. Aproveitamos um fim de semana de junho para ir. Escolhemos junho pois já estava calor suficiente, mas ainda não era alta temporada de verão e, imaginamos, estaria mais vazio.

Antes de começar o post de verdade, peço desculpas mas dessa vez as fotos ficaram meio desfalcadas. Não tiramos tantas para as dicas como costumamos fazer, mas isso não se tornará um hábito. Hehehehe

Mas fiquem tranquilos que fotos das praias não faltam! 😉




Na ida aconteceu algo conosco que pode ajudar alguém que esteja passeando de carro pela França também. Os pedágios aqui, em sua maioria, são automáticos. Você insere as moedas – ou cartão europeu – e ele libera a cancela. Eis que a máquina engoliu o ticket e deu erro. Não cuspiu o ticket de volta e não podíamos pagar. Ficamos alguns segundos sem entender o que tinha acontecido. Caso aconteça isso, basta apertar o botão vermelho à direita que um funcionário vai atender, como um telefone. Falamos que tínhamos um problema no ticket e a moça que nos atendeu falou que mandaria alguém. Em 2 minutos chegou um funcionário e liberou a cancela para nós, após o pagamento.


Bom, prosseguindo com as dicas da viagem... nós não nos hospedamos na ilha, mas sim na cidade continental, Hyères. Além do hotel ser muito mais caro na ilha, a variedade é menor e esgota rápido. Acaba que Hyères pode ser a melhor opção. Para ir a Porquerolles fomos de carro até a pontinha da cidade, onde tem o porto de onde saem os barcos para a ilha. Quando fomos, em 2014, custava 19,50 euros por pessoa ida e volta e o trajeto dura 20min. Nós fomos para lá sábado e domingo, considerando o valor do ferry nos dois dias, mais o valor do estacionamento para o carro, não chegava nem perto do quanto teríamos que pagar a mais se ficássemos mesmo na ilha. Então imaginem a “bagatela” que custa! Caso alguém saiba de um hotel com valor acessível dentro de Porquerolles pode me contar nos comentários!


Chegando em Porquerolles, rumamos para a praia. La Courtade é a mais movimentada delas, mas a primeira que decidimos ir foi a Plage d'Argent – ou praia de Prata – pois eu tinha lido sobre ela e todos nos blogs a elogiavam muito. Eu simplesmente amei a bendita!! É maravilhosa! É uma das que fica mais perto do centro da cidade e é facilmente acessível a pé, após 30 min de caminhada, aproximadamente, em estrada de terra, mas larga e bem cuidada. Quando bati o olho falei com Felipe que não queria ir embora mais. Poderia ficar por lá e ser feliz! :P




Na ilha não é possível transitar de carro. Acredito que os moradores tenham uma espécie de cartão para entrar com automóveis lá, mas imagino que só podem usá-lo para compras ou coisas do tipo – assim como acontece em centros históricos das cidades por aqui. Por esse motivo, dentro da ilha, são pouquíssimos os carros que vemos e não há nenhum tipo de transporte público. Isso significa que se você quiser ir nas praias mais distantes, ou vai caminhar 3 horas, ou precisar alugar uma bicicleta! 

Tinha mais de 10 anos que eu não andava de bicicleta gente! Confesso, estava morrendo de medo de tentar em uma ilha com estrada de terra e cheia de pedestres no meio do caminho! Nós já tínhamos combinado que nesse primeiro dia passearíamos à pé e no dia seguinte pegaríamos a bicicleta para ir nas praias mais distantes, mas após esse primeiro passeio, Felipe insistiu para voltarmos e pegar uma bike de uma vez. Depois de me convencer a arriscar a saúde dos meus joelhos, voltamos para perto do porto e alugamos a bendita bicicleta. (Que não tiramos foto, shame on us).


A gente tinha decidido levar uns sanduiches para esse primeiro dia e comemos na primeira praia mesmo, pois ficamos lá um pouco mais de tempo.

Depois de pegar a bicicleta eu fiz alguns testes, não caí imediatamente, então prosseguimos, já "motorizados"
e eu ainda morrendo de medo. Fomos então para as praias mais distantes, mais ou menos 5km de distância do centro da cidade – seria uma bela caminhada de 10km, né?


A primeira que paramos foi a Plage du Langoustier. O trajeto é bem bonito, como vocês podem ver pelas fotos, mas a praia em si não é das melhores não. Fiquem espertos porque a primeira que vemos é a Plage du Langoustier Noir (que também não tem foto. Gente, o que aconteceu conosco nessa viagem? Cruzes!). A Langoustier Noir tem a areia/pedras quase marrons, e não tem uma beleza que chame muita atenção não. 

Logo adiante, do lado oposto, tem a outra, com areia mais clarinha. Demos um mergulho mas não nos encantou tanto quanto a D'Argent. Deu pra descansar um pouco da pedalada e seguimos de volta, para ir na Courtade. Ela é, realmente, bem mais movimentada, mas ainda assim, não tão bonita quanto a primeira que visitamos.



Daí não dava tempo de fazer mais nada, pois tínhamos que devolver a bicicleta às 17h45 – fiquem de olho, pois cada local tem um horário para devolver. Nós pagamos mais barato, mas era o lugar que devolvia mais cedo, e isso descobrimos só depois.

Nós ainda queríamos ir na Notre Dame, mas deixamos pro dia seguinte, apesar de ser mais distante um pouco e boa para ir de bicicleta – não alugaríamos de novo no dia seguinte, mesmo porque minha poupança não permitiria (que dooooor, hahahahaha).

Voltamos e jantamos no restaurante do hotel que tinha um risoto de camarão que eu estava doida pra provar. A rua do porto é lotada de restaurantes. O do hotel é o primeiro em uma das pontas da rua! Pelo que pudemos perceber, os preços não variam muito, então vai mais da vontade ou do estilo preferido para restaurante.


No domingo acordamos mais tarde, porque estávamos mortos. Precisamos procurar uma farmácia aberta pra comprar protetor solar, porque os dois jacus esqueceram de levar – um dia eu esqueço biquíni, no outro protetor solar, alguém aí quer fazer um checklist pra gente? Hahahahaha

Ficamos bem vermelhos já no primeiro dia e não queríamos arriscar um segundo dia sem o protetor. Acabou que estava tudo fechado em Hyères – já que era domingo – e compramos em Porquerolles mesmo. Caso alguém mais precise, fica aí a dica! Não esqueça seu protetor solar para não sofrer um desfalque desnecessário.

A ideia para esse segundo dia era ir direto para a Plage de Notre Dame, que era mais distante, voltaríamos para almoçar – ou lanchar, dependendo da hora que chegássemos – e passaríamos o resto do tempo na Plage D'Argent, que eu tanto gostei, até dar a hora de voltar pra Hyères. Só que eu me encantei tanto pela Notre Dame que acabamos ficando quase o tempo todo lá! A água transparente de um turquesa indescritível, a areia sem lixo, praias tranquilas que você pode deitar e relaxar. Quase o paraíso na Terra, definitivamente!



Só decidimos voltar quando a fome apertou de vez! Não vão achando que vai ter algo para comer nas praias porque não tem, ok? Não tem quiosque nem nada do tipo. A Plage d’Argent até tem um restaurante (até dá pra ver algumas barraquinhas ali no canto esquerdo da foto), mas foi a única que vimos com essa opção. As mais distantes são bem selvagens mesmo, então garantam um lanchinho e principalmente água!

Pegamos o caminho para voltar, mais 1h30 de caminhada e, depois de comer, paramos na Argent para nos despedir de Porquerolles!

Realmente foi um lugar que eu tinha altíssimas expectativas e não me decepcionou nem um pouco! Pelo contrário! As águas transparentes são de tirar o fôlego e é para querer voltar quantas vezes forem possíveis!

Samara =)