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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Onde se hospedar nos Lagos Plitvice na Croácia?


Hoje vou falar para vocês uma dica de onde se hospedar em Plitvička Jezera. Foi uma das dicas mais importantes que recebemos da Meri sobre a viagem para a Croácia. Ela falou que todas as vezes que foi ao parque, ficou hospedada em SOBAS, porque era uma boa economia. Fizemos cara de O.o O que vem a ser isso?! Ela nos explicou que, você basicamente aluga um “quarto” na casa de um morador. Muitos moradores dos arredores de Plitvička têm esse costume e o que mais vimos foram placas indicando esses locais para se hospedar. Quando a casa é muito grande, com vários quartos, eles alugam esses quartos extras para os turistas – parece que alguns reformam ou expandem o local especificamente para esse fim. 

Quando nós olhamos no Booking, descobrimos que a maioria dos “hotéis” disponíveis lá são os quartos ofertados nesse esquema. Estávamos um pouco preocupados, pois não sabíamos exatamente o que esperar, mas além de ser um quarto totalmente bem equipado, com roupa de cama e roupa de banho, no nosso ainda havia uma cozinha anexa, com forno microondas e todos os utensílios necessários, além do banheiro. Tudo isso dentro do nosso “quarto”. 


Agrado da dona do soba para os hóspedes.




Cozinha e o banheiro é a porta logo à esquerda de onde estou e não dá para ver.


E o melhor disso tudo foi o preço! Pagamos aproximadamente 25 euros por pessoa por noite! A dona da casa falava inglês e tudo. Só fiquem espertos porque na maioria dos casos, o pagamento é feito lá na hora, em dinheiro – somente kuna, no nosso caso. Ela não aceitava cartão. Nem sempre o dono fala inglês, é bom conferir isso também antes de fazer a reserva.

A vista também era linda e podíamos ver os moradores "trabalhando rural", como diz meu tio, logo pela manhã. Escutávamos barulhos característicos de uma vida no campo. O cheiro de mato molhado, os passarinhos cantando na janela e aquela paz. Uma maravilha que me fez ter saudade de ir para a roça em Minas Gerias!








Mesmo com tudo que falei acima você não está seguro e prefere um hotel “tradicional”? Tudo bem, lá no parque há quatro hotéis e área de camping. Acredito que seja uma ótima pedida, mas quando decidimos ir, já estavam todos esgotados para a nossa data – você pode conferir disponibilidade aqui. Vi alguns relatos de pessoas que ficaram nesses hotéis e adoraram. O preço era pouco mais alto que do lugar que ficamos (em torno de 35 euros por pessoa), então acredito que valha a pena. Como não tínhamos essa opção, já que reservamos em cima da hora, ficamos satisfeitos com a forma que fizemos!

Alguém já visitou o parque, ou pretende visitar? Ficou dentro do parque ou fora, como nós? Nos conte sua experiência!

Até o próximo post! =)

*Viagem feita em maio/junho de 2014

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Croácia – Opatija

Olás a todos!

Hoje vamos começar com os posts da viagem para a Croácia! Para começar, essa viagem foi muito especial, pois foi indicada por uma grande amiga que fizemos aqui na França, a Meri. Ela é croata, embora criada na Austrália, e vai para a Croácia todo ano. O local que ela nos indicou foi Plitvička Jezera – ou Lagos Plitvice, para facilitar! Falou que era um lugar deslumbrante e que deveríamos conhecer. Tudo bem que além desse lugar, ela nos indicou dezenas de outros na Croácia, mas precisaríamos de um mês para conhecer tudo, e não apenas os quatro dias que dispúnhamos. Por causa disso, a lista de lugares a visitar na Croácia só aumentou! Peço desculpas pelo tamanho do post, mas não consegui colocar menos fotos! o.o

Bom, começamos a procurar a respeito de como poderíamos chegar lá a partir de Nice e vimos que a passagem de avião era muito cara! 

Logicamente, nossa próxima ideia foi dirigir. Já tínhamos andado aqui por perto de Nice nas autoestradas. Olhamos no google maps a distância e o tempo aproximado de viagem. Fizemos algumas contas dos dias que tínhamos e falamos com a Meri o que tínhamos em mente. Como ela é praticamente australiana, e a Austrália é tão grande quanto o Brasil, ela achou totalmente viável nossa ideia! Até cogitou ir conosco, mas ela tinha acabado de voltar de lá com o marido e o filho e acabou desistindo. O mais engraçado foi a reação dos franceses. Como aqui é tudo perto, eles acharam um absurdo dirigirmos 10h para chegar ao nosso destino!


Bom, checamos mais ou menos quanto pagaríamos de pedágio e gasolina, planejamos onde iríamos dormir e partimos! O feriado seria quinta e sexta, então começamos a viagem na quarta, no fim do dia. Como estava quase no verão aqui na França, a noite estava chegando por volta de 21h. Então pudemos fazer uma grande parte do trajeto no primeiro dia. Paramos perto de Veneza, depois de 5h30 de viagem, começando pela A8. Nos hospedamos em Quarto d’Altino – a 20km de Veneza, aproximadamente – no hotel Residence Venice. Como não tinha café da manhã nem nesse hotel e nem em Plitvička, que era nosso destino na sexta feira, estávamos preparados com algumas coisas para lanchar de manhã. O hotel é bem confortável e o quarto imenso! Pretendíamos, inclusive, ficar lá quando fôssemos a Veneza – acabou que não deu, mas isso conto no post de Veneza que estou preparando.

Coloquei o trajeto no google maps do celular – só uma observação, lembrem sempre de salvar o mapa da cidade para uso offline com o “OK maps” do google. Não dá pra salvar o trajeto todo, mas pelo menos a cidade de destino. É uma mão na roda. Bom, como não dava para salvar o trajeto completo, anotei as rodovias que devíamos pegar e os nomes das cidades próximas, só por garantia.

A primeira coisa que vocês precisam ter em mente quando forem à Croácia é que lá ainda não faz parte da Eurozone, que são os países que aderiram ao euro. A moeda utilizada lá é a kuna croata (Kc) que valia – em maio de 2014 – aproximadamente 0,13 euros (ou 1 euro = 7,6 kuna). A gente achou melhor sacar no caixa eletrônico quando chegamos lá. Com o cartão da França a taxa foi muito baixa, não sei como seria com o cartão do Brasil, melhor conferir se vale a pena trocar antes da viagem e já chegar na Croácia com as kunas. Em breve o país começará a usar o Euro e esse problema acabará – assim que algumas metas econômicas forem atingidas, pelo que entendemos – mas parece que alguns locais já aceitam euros, além das kunas. Não demos essa sorte e todos os lugares que fomos só aceitavam kunas.

Bom, acordamos no dia seguinte e continuamos até a Croácia. Outro lembrete importante é que o país, apesar de fazer parte da União Europeia, também não faz parte do Acordo Schengen – que é o acordo feito entre alguns países da Europa que aboliu passaportes e qualquer tipo de controle de fronteira – então para entrar lá precisamos passar pela imigração. Não precisamos sair do carro nem nada. Entregamos os passaportes, o policial federal conferiu nossos vistos para a França, deu o carimbo super legal com um carrinho e seguimos viagem. A previsão é que a Croácia entre para o Acordo Schengen em 2016. Caso sua viagem seja depois dessa data, não haverá mais a fiscalização na fronteira. Até achei legal ter o carrinho carimbado! Me deixa ser criança feliz.



Chegamos na Croácia!!


Como a Meri falou que 2 dias eram mais que suficientes para conhecer o parque, planejamos parar em algum lugar na quinta e chegar no hotel à noite, para dormir e aproveitar Plitvička na sexta e sábado. Decidimos então parar em Opatija, na costa croata. Quando chegamos já fomos brindados com uma vista do mar de tirar o fôlego!

Todo o percurso foi encantador! E as estradas ótimas!


Finalmente, a riviera croata!

A primeira parada seria um supermercado, pois a Meri sugeriu fazermos um piquenique em uma das mesinhas do parque e lá perto não sabíamos se teria supermercado fácil. Paramos então no Bila e compramos tudo que achamos necessário para os cafés da manhã e o almoço de um dos dias – decidimos experimentar o restaurante do parque no segundo dia.

Almoçamos em Opatija mesmo, em um restaurante muito bom e não caro! Pela primeira vez na vida comemos atum de verdade, filé de atum! Achei uma delícia! 


Atum de verdade! hehehe

Além de valer a pena pela vista.... Almoçar olhando pro mar! Adoro!



Daí fomos dar umas voltas pela cidade para conhecer, pelo menos um pouquinho. 





Essa estátua a seguir, The Maiden with the Seagull (A Donzela com a Gaivota), é considerada o ícone da cidade de Opatija. A história da estátua começou em 1891, quando o conde Arthur Kesselstadt e sua esposa morreram em uma tempestade de verão em um local próximo a essas rochas. A família do conde, como uma homenagem, mandou colocar uma estátua de "Nossa Senhora dos Mares", mas a estátua foi muito desgastada com o passar do tempo, sendo assim retirada. Foi restaurada e se encontra no Museu Croata do Turismo em Villa Angiolina. Em seu lugar, em 1956, foi colocada essa nova estátua, esculpida por um artista croata, Zvonko Car. Desde então tem encantado turistas dia após dia. Parece que durante a noite ligam holofotes na Donzela e fica maravilhoso. Infelizmente não ficamos na cidade até a noite para conferir. Caso alguém aí tenho visto com as luzes, nos mostre as fotos!! Fiquei bem curiosa!



Eu e o Felipe colecionamos canecas, então sempre que vamos a um lugar diferente, tentamos achar uma caneca interessante para se juntar à nossa coleção. Paramos em uma banquinha de souvenirs, com esse propósito, e quando o senhor, dono da banca, descobriu que éramos brasileiros, fez a maior festa! Principalmente porque o primeiro jogo da copa seria Brasil x Croácia – sim, aquela vergonha! Batemos uns papos com ele e a esposa e continuamos o passeio! Caso queiram comprar alguma lembrança na cidade, passem na banca dele! É entre esse restaurante que falei e a escultura da Donzela com a Gaivota. Tinha umas coisas bem interessantes e o preço era mais interessante ainda!

Essa é a barraquinha e o casal no banco são os donos! Muito simpáticos!

Ah, caso passem por lá de carro, fiquem espertos porque tem que pagar para estacionar na rua. O bom é que não é caro, o problema é que só aceita moeda no parquímetro e quando você saca o dinheiro, só vem notas, claro! Precisamos entrar em uma lojinha de lembranças e comprar alguma coisa. Pedi para a moça o troco parte em moedas e voltamos no carro para colocar o ticket do parquímetro no carro. O valor da hora era 5 kunas, que achamos bem razoável.

Depois de rodar pela cidade um pouco, continuamos as 3 horas, aproximadamente, até o nosso destino. O que não contávamos é que os últimos 30 km iríamos levar muito mais tempo para fazer pois já estava de noite e tínhamos que passar no meio da floresta para chegar. E quando digo no meio da floresta, não estou brincando! O máximo que dava para fazer eram 20km/h, por causa do escuro e do tanto de curvas. Além dos animais na pista. Vimos um veado – Bambi <3 – e um porco-espinho-coisa-mais-fofa! Gente, quase morri de fofura quando vi o porco-espinho no meio da pista! Parei pra esperar ele sair com aquelas perninhas mínimas, e segue viagem. Acabamos chegando quase 22h.

Demorou, mas chegamos!! Foi exatamente nessa hora que vimos o Bambi! <3

Se essa for uma opção viável, aluguem um carro. Gente, as estradas croatas são excelentes e, como já disse lá em cima, a vista é maravilhosa. Se a gente não tivesse com o tempo tão apertado eu teria sugerido ao Felipe de fazermos umas paradas em algumas cidadezinhas, de tão fofas que eram, como por exemplo uma que chama Fuzine. Parece cidade de brinquedo, com as casinhas pontudas, para não acumular neve e tudo mais. Um sonho.



Vou fazer um post especial sobre hospedagem, pois achamos ótima a dica que a Meri nos deu.

Bom, na quinta à noite chegamos ao hotel e fomos tentar dormir mais cedo para aproveitar bem a sexta-feira no parque.

Essa parte vou deixar para o próximo post!

Até lá! =)

*Viagem feita em maio/junho de 2014

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Toscana, começando por Florença – parte II

Continuando o "roteiro" que fizemos em Florença... O último dia que tivemos na cidade foi destinado à catedral, com suas adjacências, e ao Palazzo Vecchio. Começamos o dia visitando a praça onde estacionamos, a Piazzale Michelangelo, como falei lá no outro post. Aí tem uma segunda réplica da escultura de Davi – o terceiro Davi que vimos em Florença. Me falaram que existem quatro, mas o 4o não conseguimos encontrar. Independente de querer estacionar lá ou não, não deixem de ir nessa praça! É um dos locais com a vista mais interessante da cidade. É uma ótima pedida para quem não anima subir das torres – da igreja ou palácios.